sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Entulhos das Construções (resíduos)

Relata-se que no Brasil ocorre sim a reciclagem de entulhos, mas é bastante escassa e insuficiente para a quantidade do mesmo sendo, mas praticamente todo esse resíduo pode ser reciclado sem muitos problemas ou custo. 

O que fazer com entulhos de construção?
Texto adaptado por Érica de Vargas

Enquanto na Holanda o índice de reaproveitamento de sobras na construção civil chega a 80% (o melhor do mundo), no Brasil o objetivo é alcançar pelo menos 5% (mixaria), segundo informações da revista Téchne, especializada em engenharia civil.
Para alcançar esse número, o poder público e entidades empresariais buscam regulamentar e estimular o processamento do entulho e a reutilização do material, no intuito de implantar uma cadeia produtiva para o reaproveitamento dos resíduos, inclusive com o desenvolvimento de métodos de controle tecnológico.
De acordo com as experiências e estudos já feitos, praticamente todo o resíduo de construção pode ser processado, desde que respeitadas às recomendações para o processo de separação e processamento.
A revista Téchne listou como cada material deve ser tratado no canteiro de obra para que seja possível o reaproveitamento. São essas as medidas:

PLÁSTICOS

Origem do resíduo: fiações, tubulações e diversos.
Reciclagem e cuidados: os materiais são encaminhados para indústrias especializadas nesses compostos que, após processar o material, podem recolocá-lo no mercado, inclusive em outras utilizações, como embalagens.

Fig. 1 - Produtos de PVC

MATERIAIS CIMENTÍCIOS

Origem: argamassas, concretos e blocos para alvenaria.
Reciclagem e cuidados: os materiais são britados e reaproveitados como agregado. Deve-se tomar cuidado para não deixar gesso no entulho, pois compromete o desempenho do material reciclado. Quando finalmente dividido, pode ser empregado como material pozolânico. Eventualmente, pode ser misturado com material cerâmico, desde que mantida a homogeneidade. Nesse caso, o desempenho é inferior àquele verificado com o emprego exclusivo de material cimentício.

MATERIAIS CIMENTÍCIOS

Origem: argamassas, concretos e blocos para alvenaria.
Reciclagem e cuidados: os materiais são britados e reaproveitados como agregado. Deve-se tomar cuidado para não deixar gesso no entulho, pois compromete o desempenho do material reciclado. Quando finalmente dividido, pode ser empregado como material pozolânico. Eventualmente, pode ser misturado com material cerâmico, desde que mantida a homogeneidade. Nesse caso, o desempenho é inferior àquele verificado com o emprego exclusivo de material cimentício.

MATERIAIS CERÂMICOS

Origem: blocos, telhas, pisos e pastilhas de revestimentos.
Reciclagem e cuidados: os materiais são britados e reaproveitados como agregado não estrutural. Quando finamente dividido, é recomendado como aditivo pozolânico. Eventualmente, pode ser misturado com material cimentício, desde que mantida a homogeneidade. Nesse caso, o desempenho pode melhorar.


METAIS

Origem: tubulações, esquadrias, fôrmas, ferramentas.
Reciclagem e cuidados: são encaminhados como sucata para depósitos de ferro-velho ou siderúrgicas. Atualmente, 95% do aço dos vergalhões produzidos no Brasil vêm de reaproveitamento de sucata, oriunda, sobretudo de navios antigos.

Fig. 5 - Esquadrias de alumínio
OUTROS

Origem: gesso, tecidos e papéis.
Reciclagem e cuidados: podem ser processados nas indústrias especializadas em cada tipo de material. No caso do gesso, deve-se tomar cuidado para não misturar com resíduos cimentícios, pois a mistura expande em contato com a água e prejudica o desempenho do material. No caso de revestimento de gesso em paredes de alvenaria, a proporção de gesso é inferior ao limite de comprometimento. O maior cuidado deve ser tomado com paredes e forros de gesso acartonado.

Fig. 6 - Gesso acartonado
REFERÊNCIAS

Fonte: Eco Desenvolvimento – O que fazer com entulhos de construção, Publicado pela Redação EcoD em 12 de março de 2013;


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