sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Lajes de esferas de plástico (1/2)

O sistema proporciona uma enorme redução no uso de materiais, um aumento de produtividade em função do processo industrializado e, consequentemente, uma redução significativa do impacto ambiental.

Lajes de concreto com esferas de plástico
Texto adaptado por Érica de Vargas

INTRODUÇÃO

BubbleDeck é um sistema construtivo formado por esferas plásticas contidas entre uma pré-laje de concreto e uma tela soldada armada superior. As esferas (bubles) introduzidas na intersecção das armaduras "ocupam" o lugar do concreto que não desempenharia função estrutural. Assim, pode-se reduzir em até 35% o peso próprio da laje se comparado com o sistema convencional, vindo a proporcionar economia no dimensionamento estrutural em função das cargas menores sobre as fundações. O sistema permite ao engenheiro projetar vãos maiores com menor consumo de materiais (concreto e fôrmas) sem grandes impedimentos técnicos.

Sistema BubbleDeck com esferas plásticas coloridas
O sistema BubbleDeck é composto basicamente por:

ü  Malha de aço superior;
ü  Esfera de plástico reciclado;
ü  Malha de aço inferior incorporada (eventualmente numa pré-laje com 6 cm de espessura). 


TIPOS DE LAJES

PRÉ-LAJES - uma camada de 6 cm de espessura é concretada fixando o módulo BubbleDeck composto pelas armaduras superior e inferior e as esferas plásticas. Os elementos são posicionados sobre escoramentos provisórios, as armaduras adicionais são posicionadas e a segunda etapa de concretagem é executada. É o tipo mais comum de laje BubleDeck e necessita de um guindaste móvel para o posicionamento dos  elementos pré-moldados devido ao seu peso.

MÓDULOS BUBBLEDECK - as esferas são posicionadas em gaiolas metálicas formando módulos que são posicionados sobre fôrmas convencionais de madeira, armaduras adicionais são inseridas e a concretagem é executada em dois estágios. Esse tipo de laje é ideal para pisos térreos, obras de reforma ou em casos de acesso complicado, pois os módulos BubbleDeck podem ser transportados e posicionados manualmente.

PAINÉIS ACABADOS as lajes concretizadas são entregues no local da construção restando fazer apenas o içamento e o posicionamento. O painel pronto é aplicável para apoios em uma só direção e necessita da inclusão de vigas suporte ou paredes.

Fotos: divulgação BubbleDeck
Painel acabado
EXECUÇÃO

Em resumo, seria basicamente quatro etapas: após a fabricação dos painéis metálicos na fábrica, se inicia a execução do escoramento a montagem dos elementos pré-moldados, as esferas plásticas. Posteriormente é colocada a armação complementar e feita a concretagem final solidarizando toda laje.

Etapas construtivas para o emprego do painel BubbleDeck:

ü  Escoramento provisório - vigas paralelas espaçadas de 1,8m a 2,5m são posicionadas.
Fotos: divulgação BubbleDeck
Escoramento de vigas 

ü Colocação dos painéis BubbleDeck - elementos pré-moldados posicionados com o emprego de equipamentos mecânicos.
Fotos: divulgação BubbleDeck
Colocação de painéis

ü  Reforços nas juntas - armadura de ligação entre as peças pré-moldadas e armadura de ligação entre as malhas superiores.

Fotos: divulgação BubbleDeck
Reforço nas juntas

ü  Capitéis - armadura adicional superior na região dos pilares e eventual armadura de reforço.
Fotos: divulgação BubbleDeck
Armadura adicional

ü  Reforço periférico - colocação de armadura no perímetro da laje, caso necessário.

ü  Preparação - selagem de juntas, limpeza e saturação com água do módulo pré-moldado.

ü  Concretagem - lançamento, adensamento do concreto de segundo estágio.
Fotos: divulgação BubbleDeck
Concretagem

ü  Remoção do escoramento conforme especificação técnica.

ü  Acabamentos - nenhum trabalho adicional é necessário a menos que se deseje outro tipo de acabamento diferente do concreto aparente.


MEIO AMBIENTE

O sistema BubbleDeck possui selo verde devido a uma série de características como: as esferas são produzidas com material reciclável; redução do volume de concreto e uso reduzido de fôrmas de madeira.
A cada metro quadrado construído de laje BubbleDeck  (para uma laje de 23 cm) são retirados 1 kg de plástico do meio ambiente.
Os vazios obtidos com as esferas usadas no interior da laje também contribuem para um melhor desempenho acústico.
Em caso de incêndio as esferas carbonizam sem emitir gases tóxicos. Dependendo da cobertura a resistência ao fogo pode variar de 60 a 180 minutos (verificações realizadas de acordo com a ISO 834). Redução substancial de materiais e transportes.
Para um milhão de metros quadrados fabricados com a laje maciça há uma economia de 24,4 mil m3 de concreto com a tecnologia BubbleDeck.



** O texto adaptado sobre lajes de esferas plásticas contínua no título Lajes de esferas de plástico (2/2) falando mais sobre suas vantagens, especificações técnicas e alguns projetos.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Dia do Engenheiro


O dia do engenheiro é comemorado em 11 de Dezembro uma homenagem ao profissional de engenharia.

Dia do Engenheiro – 11 de dezembro
Texto adaptado por Érica de Vargas


A origem do dia do engenheiro está na regulamentação da profissão, que ocorreu em 10 de Abril de 1993, pelo decreto de lei n° 23.569. A palavra engenharia vem do latim ingeniare que significa inventar, assim muitos inventores, de certa forma, poderiam ser considerados engenheiros. A lei estabelece as condições e regras para o exercício da profissão, determinando direitos e deveres aos profissionais. Além de impor condições no sentido de garantir proteção à sociedade, levando os profissionais a desempenharem suas funções com qualidade, responsabilidade e competência.

O Engenheiro - O profissional graduado deve ser registrado nos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura (CREA), que por sua vez, são subordinados ao Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (CONFEA), também criado no mesmo ano da lei primária. Estes são órgãos responsáveis pela fiscalização do exercício profissional da engenharia.
O Confea foi criado na mesma data e através do mesmo decreto, que foi considerado um marco na história da regulamentação profissional e técnica no Brasil. E também aniversária.

 salario engenheiros

PAPEL NA SOCIEDADE MODERNA
Desde a revolução industrial, passando pelo avanço da tecnologia, a profissão de engenheiro ganhou muito destaque. Inicialmente a principal formação em engenharia era a de engenheiro civil, que se tornou uma das profissões fundamentais do mundo moderno, atuando como responsável por novas construções e obras civis, porém com as novas demandas da sociedade, a necessidade de atuação dos engenheiros foi ampliada para a indústria metalúrgica, elétrica, aeronáutica, computação, química, meio ambiente, entre outras, que necessitavam de mão de obra especializada para seu desenvolvimento e acabaram por consolidar diversos ramos da engenharia.
A ENGENHARIA NO BRASIL
O Brasil é um dos países que apresentam alta demanda por engenheiros, uma vez que com a perspectiva e oportunidade de crescimento a médio e longo prazo, aumenta a necessidade de mão de obra qualificada em diversos setores. Infelizmente o índice de engenheiros formados ainda está abaixo do necessário, países asiáticos e desenvolvidos formam cerca de 3 a 4 vezes mais engenheiros que o Brasil, assim existe uma clara oportunidade de emprego nesta área para aqueles dispostos a se dedicar aos estudos.
TIPOS DE ENGENHARIA
Hoje existem mais de 30 ramos de engenharia no qual é possível seguir carreira, porém dependendo das mudanças no mercado e em tecnologias esse número pode se expandir. Mais de 20 especialidades são reconhecidas pelos conselhos de engenharia. Abaixo, um pouco de algumas delas:

Engenheiro civil - estuda, projeta, desenvolve e fiscaliza todo o tipo de construção civil, como pontes, elevados, edifícios, túneis, viadutos, fortificações, rodovias, ferrovias, estádios, redes de esgoto, entre outros.
Engenheiro eletricista - atuam na área de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Além de monitorar qualquer tipo de sistema de energia elétrica.
Engenheiro agrícola - desenvolve sistemas de distribuição de produtos agrícolas, além de equipamentos agrícolas.
Engenheiro aeronáutico - trabalha na produção de aeronaves e estruturas aeronáuticas como mísseis, aviões e cápsulas espaciais.
Engenheiro cartógrafo - executa trabalho de mapeamento de uma região, que inclui estudo do terreno e detalhamento do relevo da superfície.
Engenheiro de computação - desenvolve produtos, serviços, programas e novas tecnologias na área de computação eletrônica.
Engenheiro químico - desenvolve produtos químicos como fertilizantes, medicamentos e produtos de limpeza.
Engenheiro metalúrgico - atua na extração de minerais e no seu processo de purificação.
Engenheiro naval - constrói embarcações e plataformas.
Engenheiro de produção - participa da elaboração do processo produtivo de uma empresa.
Engenheiro de petróleo - atua na extração e aplicação de petróleo e do seu gás.
Engenheiro de alimentos - participa do processo de produção, industrialização e armazenamento de alimentos.
Engenheiro de minas - extrai e prepara recursos minerais para serem utilizados na indústria.
Engenheiro de pesca - atua no desenvolvimento das indústrias e atividades relacionadas à pesca, sem degradar o meio ambiente.
Engenheiro de materiais - desenvolve e testa novos materiais e compostos para a indústria.
Engenheiro de agrimensura - mede e calcula áreas, além de registrar relevos e outras características de terrenos.
Engenheiro mecânico - projeta e desenvolve qualquer tipo de equipamento - ferramentas, motores, máquinas e demais sistemas mecânicos - que produzem, transmitem ou usam energia.
Engenheiro ambiental - responsável por avaliar a dimensão das alterações benéficas ou prejudiciais ao meio ambiente causadas pelas atividades humanas.
Engenheiro de telecomunicações - opera projetos que possibilitam a propagação de informações sob a forma de sinais elétricos.
Engenheiro têxtil - supervisiona e fiscaliza indústrias têxteis e de confecção.
Engenheiro sanitarista - elabora projetos de saneamento básico, além de fiscalizar e fazer a manutenção das obras.
Engenheiro industrial - controla o funcionamento técnico de uma indústria, visando ao melhor aproveitamento das máquinas.
Engenheiro mecatrônico - são conhecidos como engenheiros de controle e automação. Criam e cuidam da manutenção de máquinas robóticas.
Engenheiro nuclear - desenvolve novos usos para usinas nucleares, além de projetar aparelhos, instalações e itens de segurança.
Engenheiro florestal - protege e administra recursos florestais, aplicando conhecimentos de biologia e ecologia.

 

OUTRAS DATAS CONHECIDAS
12 de julho: Dia do engenheiro florestal
13 de julho: Dia do engenheiro de saneamento
12 de outubro: Dia do engenheiro agrônomo
23 de novembro: Dia do engenheiro eletricista
11 de dezembro: Dia do engenheiro civil

REFERÊNCIAS

Calendário 2015 – dia do engenheiro sem data;

Fonte UFGNet Concreto permeável, 10/12/2012;

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Telhas com painéis solares

Telhas substituem os amplos painéis solares
Texto adaptado por Érica de Vargas


Sim. Inovadoras, amistosas do ambiente e esteticamente agradáveis aos olhares. As telhas fotovoltaicas (geradores de energia solar) têm o mesmo aspecto que as placas solares convencionais com os tais “problemas estéticos”, podes-se dizer assim, com a diferença de vincularem mini painéis solares já na sua parte superior.

Aparência um pouco desagradável aos olhos dos consumidores
A rejeição do público aos modelos grandes e pesados dos painéis solares, que acima de tudo prejudicam a estética dos telhados, fez com que as empresas italianas Area Industrie Ceramiche e REM aprimorassem  suas tecnologias, criando a Tegola Solare.
As telhas fotovoltaicas contornam como citado esse tal problema estético, pois são feitas de argilas naturais (cerâmica normal), sem aditivos e com quatro células fotovoltaicas embutidas podendo ser usada tanto em casas como em edifícios.
As Tegola Solare são painéis solares, são especificamente construídas para converter a luz solar em energia sendo que sua fiação segue abaixo do telhado para o conversor, mantendo assim a tão esperado estética e a harmonia dos telhados.


POTÊNCIA      

Conforme o fabricante, uma área de 40 m² (considerada uma área pequena) pode gerar até cerca de 3kw de energia, imagine um telhado completo ou parcialmente coberto pode-se facilmente suprir as necessidades energéticas de uma família.
O único problema é mesmo o seu custo, elas ainda são mais custosas do que os painéis convencionais, mas o seu dinheiro aplicado a essas telhas em longo prazo lhe traria a tão esperada economia na conta de serviço de energia e consequentemente de dinheiro. 

Telhas são feitas de cerâmica e possuem quatro células fotovoltaicas embutidas
MERCADO

Esse tipo de telha está ganhando cada vez mais simpatia, especialmente em países como a Itália (aonde foi produzida), onde os centros históricos das cidades têm muitas regras de preservação, o que impede a construção daqueles grandes e pesados painéis fotovoltaicos. Veneza na própria Itália é uma das principais cidades do mundo que já contempla estes telhados solares e o local onde as maiorias dessas peças foram instaladas.

Telhado parcialmente coberto de telhas fotovoltaicas
OUTROS MODELOS

Logicamente com o advento desta tecnologia há o crescimento também de empresas que começam a buscar novas melhorias da qualidade e do suprimento de mercado inclusive a própria Area Industrie Ceramiche fez um modelo onde pequenos painéis fotovoltaicos eram acoplados no lado liso das peças cerâmicas. A empresa americana SRS Energy também produz uma placa em formato de telha de barro na cor azul escuro, porém, ela só é compatível com as telhas de cerâmica fabricadas por outra empresa parceira.

MONTAGEM

A instalação das telhas fotovoltaicas é feita normalmente, como a de qualquer outro telhado, e a área que captará a luz solar depende da necessidade do imóvel ou do consumidor. Em caso de dano, apenas se substitui a telha comprometida, operação fácil e barata pela própria natureza modular do telhado tradicional.
Facilidade da troca dos painéis
REFERÊNCIAS


Fonte: Area Industrie Caramiche - Telha substitui painéis solares: energia limpa e renovável, Publicado por 7p em 18/01/2014;

Escrito por Engenharia é - Empresas desenvolvem telhas já com placas solares, Publicado em 11/08/2015;


sábado, 17 de outubro de 2015

Livros de Física I

Na ocorrência de falha no download de algum arquivo, por favor, informar.

Fundamentos de Física I – Halliday – 9ª Edição, é provavelmente o livro mais vendido em livrarias, quando se trata de ciência. O primeiro livro foi em 1960, esse livro desde então tem sido o melhor para os estudantes aprenderem física básica e avançada.

Link para baixar: PASSEIDIRETO (precisa logar.)


Na ocorrência de falha no download de algum arquivo, por favor, informar.
Fundamentos de Física I – Halliday – 8ª Edição, as características de cada capítulo foram cuidadosamente planejadas a fim de motivar os estudantes e orientar seu raciocínio. Uma pergunta difícil inicia cada capítulo e descreve um fenômeno curioso com o objetivo de estimular o estudante. Vários problemas no final dos capítulos foram reformulados para tornar mais claros tanto os enunciados como as respostas. 

Links para baixar: PASSEIDIRETO (precisa logar.) - EBAH - 4SHARED

domingo, 11 de outubro de 2015

Livros de Cálculo I

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Cálculo I - James Stewart - 5ª Edição
Links para baixar: FREAKSHARE - DEPOSITFILES

Cálculo Volume I - Howard Anton - 8ª Edição
Links para baixar: MINHATECA - EBAH

Livros de Geometria Analítica

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Geometria Analítica - Steinbruch, editora Pearson

Links para baixar: PT.SLIDESHARE - EBAH

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Vetores e Geometria Analítica - Paulo Winterle, esse livro tem se tornado eficaz para os estudos iniciais da graduação.

Links para baixar: PT.SLIDESHARE - EBAH

Livros de Álgebra Linear

Na ocorrência de falha no download de algum arquivo, por favor, informar.

Álgebra Linear - Steinbruch, editora Pearson
Link para baixar: MEGA.NZ

sábado, 10 de outubro de 2015

Concreto Permeável (1/1)

Alternativa para aumentar a permeabilidade de pavimentos submetidos a cargas reduzidas pode prevenir inundações superficiais causadas por tempestades evitando quem sabe enchentes tão grandiosas e reduzir o aquecimento das pistas em dias quentes.

O Concreto Permeável ou Poroso (1/1)
Texto adaptado por Érica de Vargas


É uma tecnologia ainda incipiente no Brasil, o material vem sendo adotado por construtores para atender ao que as legislações municipais pedem em relação à infiltração e permeabilidade na pavimentação de terrenos. Isso porque o concreto permeável permite que a água das chuvas passe através dele e seja armazenada nas camadas inferiores, base e sub-base, até ser conduzida ao lençol freático por meio do subleito ou então levada ao sistema de drenagem da cidade. Sem perder espaço de pavimentação, tem-se uma área pronta para absorver precipitações, evitando enchentes e realimentando o aquífero subterrâneo.

A principal diferença entre o concreto convencional e o poroso é o índice de vazios deste último. Enquanto o concreto convencional é compacto e tem propriedades que o fazem enrijecer ao longo do tempo, tornando-o mais resistente, a característica do permeável é outra. Ele é feito a partir de material granular quase todo do mesmo tamanho, com a mesma granulometria. "O uso do mesmo tamanho de agregado cria vazios, porque eles não conseguem ser preenchidos", explica Afonso Virgiliis, engenheiro da secretaria de infra-estrutura urbana e obras de São Paulo que tem mestrado em pavimentos permeáveis pela Universidade de São Paulo (USP). Um pouco de areia grossa, também permite que haja um bom volume de vazios.

Divulgação: Intercity/Afonso Virgiliis
Bloco de concreto permeável - Foto: Divulgação/Edição 13 em Abril/2011
A quantidade de pedra, areia, cimento e água vão variar de acordo com a resistência que se busca ter no concreto. Quanto maior a resistência que se procura, menor será a permeabilidade. Para se ter mais permeabilidade, é preciso um maior volume de vazios e, portanto, haverá menos resistência. Por isso, há limitações na aplicação do sistema de drenagem com concreto permeável. Ele é mais indicado para locais de menor solicitação de carga, onde a resistência é menos exigida, como ciclovias, quadras poliesportivas e estacionamentos.

MEIO AMBIENTE

 “Assim como o concreto simples, o concreto poroso é 100% reciclável”, lembra Mariana Marchioni coordenadora do projeto Pavimento Permeável na Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). A porosidade de um concreto permeável varia de 15% a 30% e a água geralmente escoa com taxas entre 0,2 cm/s até 1 cm/s, dependendo do material e da sua disposição. Com isso, a Agência de Proteção Ambiental Norte-Americana (EPA, Environmental Protection Agency) classificou os pavimentos permeáveis de BMP.
A sigla BMP (Best Management Practice) pode ser traduzida livremente como práticas sustentáveis. Ou seja, o EPA classifica os pavimentos permeáveis como uma das soluções sustentáveis para a drenagem urbana, que atua na redução da impermeabilização das cidades assim como na redução da poluição, pois a base do pavimento filtra a água da enxurrada.
Nos Estados Unidos, em alguns casos, a legislação exige a utilização deste tipo de pavimento. Na Alemanha – pioneira no uso deste sistema – são instalados cerca de 20 milhões de m2 de pavimentos permeáveis por ano em construções residenciais e comerciais.

Divulgação: Intercity/Afonso Virgiliis
Peças pré-moldadas de concreto permeável
VANTAGENS

ü Proteção do sistema de drenagem;
ü Pode ser usado como via para pedestres, estacionamento, ciclovia, piso de quadras poliesportivas;
ü Ajuda a diminuir enxurradas e enchentes;
ü Possibilita a reutilização da água da chuva;
ü Realimenta o aquífero subterrâneo;
ü Atua como filtro, impedindo que impurezas e metais pesados atinjam o lençol freático;

concreto-blog-da-engenharia
Concreto permeável evitaria inundações superficiais - Foto: Divulgação/Tarmac
ÍNDICES DE REFRÊNCIA

ü A execução do sistema de drenagem abaixo do concreto permeável envolve uma camada única com brita graduada. Não precisa ser uma estrutura muito profunda, já que a capacidade de guardar água se ganha na área do reservatório, que é extensa. Veja os principais índices de desempenho do sistema:
ü Índice de vazios: na ordem de 20%, no máximo 25% em comparativo o concreto convencional possui 4% de vazios;
ü Ângulo máximo da rampa: 18%, conforme estudo conduzido pela Universidade São Judas. Havendo escorregamento de massa na aplicação e pouca capacidade de absorção porque a água escorre também. Se o método utilizado for o concreto permeável em blocos pré-moldados, o ângulo possível é de 20% a 25%;
ü Permeabilidade: mais de 70% da chuva consegue ser escoada; 
ü Custo: R$ 155,00 por m²;
Fonte: Intercity

Segue-se o texto no próximo título O Concreto Permeável ou Poroso (1/2)